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O Unicórnio

O dia a dia de um Unicórnio. Suas inspirações, aventuras e desaires.

O dia a dia de um Unicórnio. Suas inspirações, aventuras e desaires.

O Unicórnio

31
Jan15

Gorda, mas contentinha.


O Unicórnio


Desde que soube que estava grávida que tentei evitar alimentos que me adubassem muito as ancas, pernas e rabo. Reconheço que a fome é incontrolável e que por vezes, comporto-me como um mostrengo, sobretudo, quando me dão assaltos repentinos em que tenho que enfardar qualquer coisa, dê por onde der!
No outro dia, cheguei a casa com muita larica. O jantar estava na mesa (frango assado) e voei directamente para ele. Comi-o quase por inteiro num ápice. O mêrapaz até ficou de boca aberta, porque para além de ter ficado espantado com a minha sofreguidão, nunca me tinha visto a agarrar o frango com as mãos. Sim, é verdade, desculpem lá, mas nunca consegui comer as tais pernas do bicho com as manápulas. Dado o meu estado de graça, se for preciso, agora até o como com os pés e a fazer a ponte ao mesmo tempo.
Adiante. Dizia eu que tento evitar alimentos calóricos, mas… só Deus sabe o sacrifício que faço. Só Deus sabe a angústia que por vezes sinto em não poder esconder-me atrás do cortinado a devorar uma pizza de tamanho familiar cheia de queijo, atum e azeitonas (neste preciso momento, babo-me).
Vejo tantas grávidas a comerem este mundo e o outro, gordas que nem texugos, mas felizes da vida e contentes, sorridentes e despreocupadas que equaciono juntar-me a elas.
Qualquer dia, vou deixar de me importar com o peso e ficarei um Unicórnio grávido, gordo, anafado, redondo … mas feliz.

FAT BITCH.jpg

 

30
Jan15

Adeus Clio. A vivermos juntos desde 1999.


O Unicórnio

Ontem, o mêrapaz, comunicou-me que o meu carro iria para abate. Ouvindo isto, corri para o sofá e comecei a chorar desalmadamente, imaginando o meu rico carrinho a ser fuzilado no meio de uma estrada deserta,  à mercê de um qualquer sucateiro ansioso por esventrá-lo.

Mêrapaz: Mas estás a chorar porquê?!

Eu: Meu rico carro! Não vou conseguir ficar sem ele nem ele sem mim! Já o tenho há tantos anos que até sinto que ele tem alma.

Mêrapaz: Mas o carro está muito velho e desgastado, já só dá problemas e não vale nada. Se for para abate, ainda vale algum dinheiro.

Eu: Ai sim? Quanto?!

Mêrapaz: Uns 100 euros.

Eu: Ok. Podemos ir já este Sábado?

27
Jan15

Ai,... e que nome é que vai ter?!


O Unicórnio

Isto de estar grávida e de chamar sobre mim todas as atenções (oh para mim a armar-me em sonsa), é uma chatice. Agora que toda a gente sabe, até porque já é difícil tentar camuflar o acontecimento e o alargamento das minhas ancas, anda tudo tonto a perguntar-me que nome é que vou dar à criança.

Em primeiro lugar, ainda não sei se é menina ou menino e em segundo, eu e o mêrapaz, ainda não pensámos seriamente nos nomes, até porque estamos a levar a coisa com muita calma e sem grandes alaridos e fantochadas.

Mas...as pessoas que se cruzam comigo assim na vida do dia a dia, por exemplo quando vou ao Spa , ao Casino e principalmente quando desço a Avenida da Liberdade com o mordomo, ladeada dos meus sacos Chanel, perguntam-me sempre o mesmo: 

- Ai filha, então já sabe que nome é que vai dar ao bebé? 

- Sei. Se for menino, chamar-se-à Barrabás, se for menina, Vitalina de Jesus. 

Dito isto, sacudo a crina e desço a avenida. 

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