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O Unicórnio

O dia a dia de um Unicórnio. Suas inspirações, aventuras e desaires.

O dia a dia de um Unicórnio. Suas inspirações, aventuras e desaires.

O Unicórnio

29
Fev16

Esta gente anda com falta de vista. Se quiserem uns conselhos bons, ando à procura de emprego


O Unicórnio

Valha-me Deus. Va-lha-me De-us!

Este ano os Óscares tiveram a classe, o glamour, a elegância do concurso Rainha das Vindimas de Aveiras de Cima de 1998. Ora eis um exemplo.

A Heidi Klum que é sempre aquela azeiteirazinha cheia de folhos, transparências, assimetrias, rasgos e penduricalhos acompanhada da Morticia Adams em versão lavanda, ah não esperem.... é a Kelly Ousborne. 

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27
Fev16

Tenho andado alheada deste mundo.


O Unicórnio

Ora, e porquê? 

  • Cá em casa esteve tudo doente. O Francisco com febre, eu com febre e o pai com febre.
  • O Francisco lembrou-se de que não precisa de dormir durante o dia, logo, fico sem tempo para escrever, pois o moço só quer é companhia, brincadeira e fórróbódó e eu chego à noite morta de todo.
  • Tenho tido pouca coisa para dizer. Prometo ficar mais assídua (a última vez que disse isto a alguém, foi à directora de turma na secundária). 
14
Fev16

Dia dos Namorados uma ova!


O Unicórnio

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Não vamos jantar fora. Não vais vestir o sobretudo preto nem aparar a barba, e eu não vou esticar o cabelo nem por perfume. Não vou à Sandra arranjar as sobrancelhas e as unhas. Já não tenho unhas compridas.  Livrei-me de passar a tua camisa e calças a ferro, livrei-me de me encolher para caber numas calças ou num vestido.

Não vais oferecer-me flores, não tenho mais uma vez que fingir que gosto delas. Sabes bem que não ligo a flores, peluches, chocolates, nem a lingerie com folharecos, nem a músicas do Barry White. Não vou escrever-te um postal com corações desenhados a caneta azul, não irei receber também nenhum. Não andaremos de mão dada na rua a caminho do restaurante, não nos sentaremos frente a frente com uma velinha e uma rosa a decorar a mesa. Não dirás que sou bonita e eu, insossa, não te direi que és mentiroso. Não acabaremos o jantar eu a comer uma mousse, e tu, a beber um café e um cigarro. Não voltaremos para casa, não haverá rambóia.

Já agora; o Francisco fez cocó até ao pescoço, podes mudar-lhe a fralda?

08
Fev16

Ai que bom, é carnaval. Estou deveras contente. Que entusiasmo...


O Unicórnio

Caramba, aleluia. Finalmente chegou a altura do ano em que nós portugueses, saímos à rua para expressarmos com alegria a nossa cultura, raízes, essência, hábitos, costumes, tradições, o resumo da nossa mais pura substância, aquilo que nós, portugueses, temos de mais rico! Finalmente chegou a altura do ano em que transmitimos ao público nacional e estrangeiro, através da nossa música e roupagem, o nosso legado lusitano, o âmago do que é «ser português».

Que bom que é ver os trajes tradicionais deste país com tantos séculos de história. Viva Portugal, viva o Carnaval, vivam as nossas tradições.

´Simbora galera!!! Tira o pé do chão!!! Pêpêrerê, pêrêrê pê pê....whatever...

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02
Fev16

Uma noite do pior! Parte I


O Unicórnio

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Imagem: alexhallatt.com/illos/illos.htm

 

Durante o banho, hora mágica em que me perco em pensamentos, atos e omissões, é a altura do dia em que tenho tempo de pensar na vidinha com mais calma. Há pouco, enquanto a máscara do Panténe fazia efeito e eu passava com a gillette no arvoredo de três semanas, lembrei-me de um episódio que se passou tinha o Francisco um mês e estávamos em casa dos meus pais.

 

O Francisco na altura e até aos três meses,  chorava 12 horas por dia, deixando qualquer um com vontade de se atirar escada abaixo ou de morder os pulsos até ficar exangue. Gritava sem parar e fazíamos de tudo para que aquele choro agudo e penetrante amainasse; cantávamos, bailávamos, mudávamos a fralda, víamos cada milímetro do seu corpinho, eu sei lá..., o meu pai até as músicas da igreja lhe cantava, mas nada resultava. Um mês mais tarde viemos a saber, como já contei noutro post, que o pastel de tentúgal sofria de refluxo o lhe provocava dores no esófago e daí o choro persistente.

 

Eu, que era pessoa ansiosa, stressada, nervosa, eléctrica, bruta e intratável no dia a dia, nestas situações que requeriam calma, ficava dez vezes pior e quanto mais o Francisco chorava, mais eu chorava, apesar das infrutíferas tentativas do mêrapaz para me acalmar. O moço lá vinha com palavras suaves e apaixonadas, acompanhadas de frases «tem calma ´nha dama que isto passa» e eu só não lhe dava bordoadas na tromba porque não lhe chegava (tem 1,95m de pessoa).

Nessa noite, o meu filho gritava há mais de três horas e eu com ele ao colo, acompanhando-o no berreiro, pois não aguentava vê-lo naquele sofrimento. Coloquei-o mais uma vez na mama (já o fizera há menos de meia hora), ele chupou e rejeitou. Tentei de novo e nada! Chorava mais ainda. Estranhei porque sempre fora um mamão de primeira e rejeitar-me a mama, era porque algo de muito grave se estava a passar!

«Não tenho leite» - pensei. Fui buscar a bomba manual, montei aquela porra, dei à manivela e nada. Nada saiu, nem uma pinga. Estava tão taralhoca que pensei que a bomba pudesse estar avariada. Liguei à minha amiga Élia Cassandra e pedi que me emprestasse a sua. O engraçado (agora acho graça, na altura nem um pouco), tudo isto se passava comigo aos berros, com as mamas de fora, o marido a acalmar-me, o meu pai a coçar a cabeça de um lado para o outro sem saber o que fazer e a minha mãe entretanto, conseguira acalmar o Francisco.

 

Chegara a bomba da Élia Cassandra. Coloquei a maquineta nas mamas. Nada. Nem pinga. Era oficial; o leite tinha-se escafedido. Comecei num pranto. Chorei, ralhei, bradei aos céus,  e no meio da parvoíce toda, apareceu a minha mãe de semblante sério e dedo em riste.

- «Unicórnio de Jesus, ou te acalmas ou levas dois pares de estalos. O leite não desaparece assim, estás tão nervosa que o bebé nem quer mamar e nem consegues tirar leite. Deita-te, dorme que quando acordares, verás que tudo estará dentro da normalidade».

Foi o que fiz. O Francisco entretanto adormecera no colo da minha mãe e resolvi acalmar-e deitar-me. Cinco horas depois, o Francisco acorda. Tiro-o do berço, meto-o na mama e a coisa-mais-rica-e-linda-de-sua-mãe mamou como se nada tivesse passado. 

 

Conclusão; o nosso estado emocional é que manda nisto tudo da maternidade. No leite, no comportamento do bebé e no restante. Por isso, tento a cada dia, tornar-me mais calma para ser uma melhor mãe e por estranho que pareça aos que me conhecem, estou a conseguir. Agora só sorrio e aceno, sorrio e aceno.

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