Já era uma pessoa impaciente, mais impaciente fiquei. Note-se que a minha impaciência crónica, sobrevém do meu feitio “soviético” (dizem as más línguas) e agora fiquei pior.
Minha paciência vai daqui (desta linha), até à barra de endereços do computador (ali em cima), a distância é curta, logo, não puxem muito por mim que não vale a pena, poderá ser nocivo para a vossa saúde física.
Começo a não ver muito bem os meus pés, logo, a urgência de comprar sapatos foi atenuada.
Como desenvolvi o Síndrome do Túnel Cárpico (vejam na internet o que é, e depois tenham peninha de mim), comer de faca e garfo é uma empreitada hercúlea e muitas vezes o mêrapaz, é que me dá comida à boquinha. Criámos laços mais fortes dos que já existiam.
Devido ao problema anterior, passo muitas noites em claro. Se por um lado, a dor física me escolta na madrugada (fogo… esta foi de poeta!), por outro, dá para pensar em tudo em mais alguma coisa, logo, já delineei a minha vida para os próximos cinco anos.
As minhas mamas que já eram de tamanho admirável, mais admiráveis ficaram, ora pois que arranjei mais uma arma de arremesso caso me torrem a paciência.
Logo que anunciamos ao mundo a gravidez, somos abordadas por todas as “amigas-mães” que insistem em partilhar experiências ou em dar conselhos. Graças a Deus que as minhas “amigas – mães” conhecem o meu “eu” interior e sabem que o meu “eu” interior só tem tolerância para certas coisas. Até agora, todas as “amigas – mães” têm sido grandes conselheiras e pouco chatas.
Logo que anunciamos ao mundo a gravidez, algumas amigas “não – mães”, perdem a paciência para estarem connosco e arranjam mil motivos para se afastarem. Problemas delas. Nesta altura nada nos chateia, senão os persistentes gases a toda a hora.
Algumas amigas "não - mães" estão sempre "lá" (não sei onde é o "lá", mas tenho intenções de vir a descobrir), para nós. Fica logo feita a triagem. Estas é que são das boas e verdadeiras.
Estar grávida, traz-nos uma grande dose de lamechice. Tanto choro porque o arroz se colou ao tacho, como choro porque o arroz não se colou ao tacho.
O dia mais feliz, é o dia em que vamos fazer a ecografia. Todos os outros são de ansiedade. Ou seja, começamos a viver somente para o Unicorniozinho que temos na nossa barriga e o resto que se lixe, que se dane ou que se escafeda.
… mais desenvolvimentos destes e outros temas, num próximo post.