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O Unicórnio

O dia a dia de um Unicórnio. Suas inspirações, aventuras e desaires.

O dia a dia de um Unicórnio. Suas inspirações, aventuras e desaires.

O Unicórnio

06
Abr16

Até sempre.


O Unicórnio

vasco.jpg

 

Fui a casa da Lídia e do Carlos. Pais do Vasco. Receberam-me com a dor inimaginável de quem perdeu um filho, uma dor que não é deste mundo, não pode ser deste mundo. O tempo para eles estacionou no dia em que o Vasco lhes morreu e é nesse dia que viverão até a ele se juntarem, um dia. Nessa ânsia viverão, presos nessa saudade.

Ofereci-lhes a única coisa que tenho para dar; apoio, disponibilidade para qualquer coisa que precisem. Sei que nada de mim quererão, nem de mim nem de ninguém.

Não fui com lágrimas, não são as lágrimas o medidor da nossa dor e pesar, não medem o quanto sofremos ou gostamos dos outros. Visitei-os com uma palavra de esperança, de vida, de relembrar bons momentos, de continuidade.

Abracei a Lídia com força, disse-lhe que deveria sentir-se orgulhosa do filho, do rapaz que é amado por muitos familiares e amigos, que ninguém o esquecerá e que os anos que viveu foram anos em que foi feliz, e fez feliz quem o rodeava e isso, é viver em pleno.

Sábado o Vasco chegará à aldeia. Será recebido por muitos que  o choram, que o amam. Depois voltará para casa, repousar no colo da sua mãe e do seu pai. Para sempre.

 

Ana 

06
Abr16

Adivinhem lá quem é que tem pavor de ir ao Senhor Doutor!


O Unicórnio

O mêrapaz só vai ao médico se for ameaçado ou então, se estiver mesmo preocupado com alguma coisa. Quando tem uma consulta, dias antes começa a hiperventilar, a ter insónias, vómitos, ataques de ansiedade e fica temperamental que não se aguenta.

Ontem foi dia de consulta. Eis que chega a sua vez,  mêrapaz olha para mim, abraça-me e diz com voz embargada;

Mêrapaz - Adeus amor. Cuida bem do Francisco.

Unicórnio - Estás parvo!? Pára lá de me abraçar e vai que o médico já te chamou!

Mêrapaz - Adeus amor...

E lá foi ele, sempre de olhos postos em mim e no filho, com ar triste e amedrontado. 

 

Conclusão: um metro e noventa e quatro e tanto medinho.

Ai mêrapaz, mêrapaz..

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