Vidinha no campo é assim.
O Unicórnio
Acabei de ser picada por uma p**** de uma abelha! Gritei quintal afora que nem uma desalmada e até a vizinha veio à janela.
Vou contar-vos uma história, sobre a penúltima vez que fui picada por uma p**** de uma abelha e que me serviu de lição para o seguinte mantra:
numa aldeia pequena, faça o que fizeres, seja verdade ou seja mentira, tudo se sabe num ápice.
Era uma vez uma rapariga de dezassete anos que todos os dias apanhava o comboio para ir e vir da escola. O trajecto entre a aldeia onde morava e a estação da CP, eram cerca de dois quilómetros e essa cachopa fazia o trajecto ora de bicicleta, ora de mota (uma pequena acelera que ainda hoje existe).
Num dia como o de hoje, quente c´mo um corno, a cachopa sai da escola ao final da tarde, apanha o comboio, sai no apeadeiro em Mato de Miranda e agarra na mota para vir para casa.
Quando entra na terrinha, a cavalo na mota, de capacete cheio de estilo, sente uma ferroada ENORME nas costas. Que fez a cachopa?! Parou a mota, mandou o capacete para o chão, despiu a tshirt, abanou-a para de lá sair a p*** que a tinha mordido e seguiu para casa.
A moça entra em casa e o pai está ao telefone. Pai fica sério e pergunta-lhe:
- Ouve lá Unicórnio, que andaste tu a fazer agora no meio da *praça em soutien?!
*praça = sítio público onde jovens com idades compreendidas entre os 65 e os 120 anos, aproveitam o final do dia para colocar a conversa em dia e beber um copito.
- Osga-se! Ainda tenho o ferrão nas costas e tu já sabes?!
- Ferrão?! - Pergunta-lhe o pai.
- Sim, picou-me uma abelha e o meu reflexo foi tirar a tshirt!
- E tiras a blusa num sítio daqueles?
- Querias que fosse quando? Antes de ser picada? Não te preocupes, que pela idade deles não vão ter tempo para contar aos bisnetos.