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O Unicórnio

O dia a dia de um Unicórnio. Suas inspirações, aventuras e desaires.

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O Unicórnio

19
Jan16

Coisas que dizia antes de ser mãe ...


O Unicórnio

... e que valia mais ter ficado calada.

 

Uma amiga deu-me a notícia de que está grávida. Foi apanhada de surpresa , não esperava engravidar mas está feliz. Se não estiver, três galhetas na tromba e o choque passa-lhe.

Falámos um pouco sobre o futuro e o único conselho que lhe dei como mãe de primeira viagem, foi:

- “Olha Cleide Patrícia não comeces a armar-te aos cucus e a dizer que sabes como será a tua gravidez e como serás como mãe, que se for como me aconteceu, não acertas uma. Se quiseres pormenores, logo à noite explico-te no blog e irás perceber.”

 

E tal como prometi à Cleide Patrícia, aqui explico o porquê do meu alerta. É que pensamos  coisas diferentes antes e depois de ter um bebé.

 

O que eu pensava antes de ser mãe: «Quando engravidar não vou engordar quilos e quilos».

A realidade:  Ahahahahaha. Eu disse isto? Eu, a sério?! Pois olhem, engordei vinte! Atenção que não comi fast food ou bolos. Foi tudo culpa das couves com feijão, do entrecosto com migas, de ter deixado de fumar e pronto, vá lá, do hipotiroidismo. Dez ainda cá moram. Foi incontrolável. Portanto, não digas que só vais comer ervilhas e respirar o sol que não adianta. Dá fome. Muita. Nossa Senhora, tanta fomeca.

 

O que eu pensava antes de ser mãe: «Quando estiver grávida, não andarei de perna aberta e com as mãos nos rins e a arrastar-me como se tudo me doesse».

A realidade: Mais uma treta das grandes. A partir do sétimo mês só não me arrastei de joelhos porque também não me conseguia dobrar. Era tanto o inchaço e desconforto que por minha vontade,  tinha passado as últimas semanas deitada, a ser alimentada à colher e de fralda posta. Caríssima Cleide, deixa-te lá andar normalmente que daqui a uns meses terás um andar novo.

 

O que eu pensava antes de ser mãe: «Não percebo porque é que algumas grávidas se desmazelam tanto na gravidez, serei uma grávida impecável».

A realidade: Fui uma grávida impecável até ao sétimo mês. Sempre maquilhada, bem vestidinha (apesar da roupa de grávida ser feia de bradar aos céus), até que tudo deixou de me servir, excepto as calças da ginástica e as camisas do mêrapaz. Nem vou comentar o estado das minhas pelosidades que quase se entrançavam, impedindo-me de andar. Aproveita enquanto consegues ver as pernas e a patareca.

 

O que eu pensava antes de ser mãe: «Depressão pós - parto?! Que é isso? Doença da moda?!»

A realidade: Ora toma lá uma pelo focinho para não seres parva. Tive e bem considerável! Até aos 3/4 meses do Francisco a coisa esteve complicada. Já passou.  Um dia esmiuçarei a situação aqui no blog.

 

O que eu pensava antes de ser mãe: «Se um dia tiver um bebé não irei acostumá-lo a dormir na cama dos pais. É um mau hábito».

A realidade: Oi?! Quê?! Eu disse isto? Não pode. A sério? Desde que uma vez deitei o meu Francisco na minha cama durante a tarde e ele comigo dormiu uma sesta de três horinhas seguidas, que conheci o paraíso.Uma vez por dia, nada me tira o prazer de ver aquela carinha virada para mim a adormecer a sorrir.  

 

O que eu pensava antes de ser mãe: « As minhas amigas mães,dizem que ficaram com menos amizades desde o nascimento dos seus bebés. Isso não acontecerá comigo».

A realidade: ahahahahahahha. E é só.

 

O que eu pensava antes de ser mãe: «Se um dia tiver um bebé, ele vai para o quartinho dele aos quatro meses».

A realidade: Oi?! Quê?! Eu disse isto? Não pode. A sério? Pois meu Francisco tem seis, e só sairá do meu quarto aos 18!

Anos.

Aos 18 anos.

 

O que eu pensava antes de ser mãe: «Quando tiver um bebé, ele irá para a creche bem cedo. Não há nada melhor que um bebé em contacto com um ambiente dinâmico e com outros bebés».

A realidade: Mais um tiro ao lado. Ninguém mo tira dos braços. Nem à força. Ainda estou em casa e gostaria de ficar. Preciso de trabalhar, mas amo-o mais que ao dinheiro.  Talvez me saia o euromilhões.

 

Vês, Cleide Patrícia? Deixa-te lá estar sossegadinha a viver plenamente o teu estado de graça, sem aspirações e anseios que isto é tudo muito bonito, mas é quando não estamos ainda bem envolvidos no acontecimento. Desfruta e sorri.

Quanto às pérolas maravilhosas que vais começar a ouvir de outras mães, sobre partos, cocós, patarecas, hemorróidas e afins, amanhã também te explicarei isso aqui no blog. Beijinhos e festas aí no Leandro Emanuel (é um rapaz, não te iludas).

 

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