Há coisas que me irritam e quando isso acontece, sou uma besta. Pois sou.
O Unicórnio
Se há coisinha que me dá cabo dos nervos (para além de ver mulheres acima dos 50 com tranças no cabelo), é dizer «bom dia» a alguém, e não obter resposta. Fico moída.
Fui com a minha amiga Cristina Souto Arriaga Menezes da Cunha e Vaz (mentira, é só Ana Cristina) ver umas montras ao shopping e lembrei-me de comprar uma raspadinha e de fazer o euromilhões (ando estafada de ser pobre). Dirigi-me ao balcão do estabelecimento que não tinha ninguém e o caramelo que lá estava supostamente para atender os clientes, nem para mim olhou. Continuou a olhar para baixo e a mexer nuns papéis sabendo perfeitamente que eu estava ali. Esperei e disse-lhe «bom dia». O cabeça de martelo não me respondeu. Insisti e disse-lhe «bom dia» de forma mais áspera e assertiva. Lá levantou a fronha, fez-se todo encarnado e respondeu-me um «bom dia» muito baixinho, como se o tivesse soprado pelo cú. Ora, analisando a situação tenho a dizer o seguinte:
1- Sei por experiência que custa fazer atendimento ao balcão. Há gente muito parvinha e complicada de se aturar, mas não custa nada olhar o cliente nos olhos e cumprimentá-lo.
2- Há dias ruins, sei que há. Mas vejamos o seguinte; não queria que o badameco me lambesse a orelha e que dançássemos uma kizomba! Só queria que me tivesse respondido ao «bom dia» que lhe dei.
Juro que fiquei irritada porque o cocó fingiu que não me estava a ver, não me respondeu à simpatia que demonstrei e ainda por cima, no final do mês recebe um ordenado. VÁ BARDAMERDA!