PESO A MAIS; o drama, o horror, a fatalidade.
O Unicórnio
Nesta minha aventura que é ter mais uns bons quilos em cima, cheguei à conclusão de que;
Joelhos, artelhos, tornozelos e demais coisas no corpo que me doem, devem-se ao peso.
Quanto mais como, mais fome tenho. Se não como, entro em fraqueza e coitadinha de mim.
Transpiro muito mais e tenho muito calor. A camada adiposa que me envolve serve como uma manta polar.
Os meus dedos dos pés só existem pela metade. A outra, está tapada por uma pele rosa claro, bem esticadinha e translúcida.
Tenho um ligeiro duplo queixo que me dá um certo aumento de circunferência facial.
Os olhos que já eram "achinesados" pior ficaram. Agora são somente dos riscos nesta enorme circunferência facial.
A boca, essa, parece o cú de uma galinha.
Para além de ter mais um quilo em cada mama, nasceram-me duas atrás.
A barriga parece um dos monstros que vi num dos filmes do Star Wars. Grande, feia e mole.
As fulanas que anteriormente me olhavam de lado, agora olham de cima e tornaram-se bem mais simpáticas, as cabras.
Algumas fulanas são bem parvinhas, tecendo os seguintes comentários:
"- Deixa lá que isso passa. Olha, quando tive o meu Marcos Salvador, passados dois meses já estava igual".
" - O meu João Vítor quando nasceu deu logo cabo de mim, dez dias depois do parto, estava mais magra do que antes de engravidar".
Até a patareca ganhou peso. Se não souberem o que é uma "patareca", perguntem ao Herman.
Nota do Unicórnio: Obviamente que isto não está assim tão mau, mas gosto sempre de dramatizar, sei lá... apraz-me.