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O Unicórnio

O dia a dia de um Unicórnio. Suas inspirações, aventuras e desaires.

O dia a dia de um Unicórnio. Suas inspirações, aventuras e desaires.

O Unicórnio

07
Dez15

PESO A MAIS; o drama, o horror, a fatalidade.


O Unicórnio

Nesta minha aventura que é ter mais uns bons quilos em cima, cheguei à conclusão de que; 

 

Joelhos, artelhos, tornozelos e demais coisas no corpo que me doem, devem-se ao peso. 

 

Quanto mais como, mais fome tenho. Se não como, entro em fraqueza e coitadinha de mim. 

 

Transpiro muito mais e tenho muito calor. A camada adiposa que me envolve serve como uma manta polar. 

 

Os meus dedos dos pés só existem pela metade. A outra, está tapada por uma pele rosa claro, bem esticadinha e translúcida. 

 

Tenho um ligeiro duplo queixo que me dá um certo aumento de circunferência facial. 

 

Os olhos que já eram "achinesados" pior ficaram. Agora são somente dos riscos nesta enorme circunferência facial. 

 

A boca, essa, parece o cú de uma galinha. 

 

Para além de ter mais um quilo em cada mama, nasceram-me duas atrás. 

 

A barriga parece um dos monstros que vi num dos filmes do Star Wars. Grande, feia e mole. 

 

As fulanas que anteriormente me olhavam de lado, agora olham de cima e tornaram-se bem mais simpáticas, as cabras.

 

Algumas fulanas são bem parvinhas, tecendo os seguintes comentários:

"- Deixa lá que isso passa. Olha, quando tive o meu Marcos Salvador, passados dois meses já estava igual". 

" - O meu João Vítor quando nasceu deu logo cabo de mim, dez dias depois do parto, estava mais magra do que antes de engravidar". 

 

Até a patareca ganhou peso. Se não souberem o que é uma "patareca", perguntem ao Herman. 

 

Nota do Unicórnio: Obviamente que isto não está assim tão mau, mas gosto sempre de dramatizar, sei lá... apraz-me. 

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03
Mai15

Já não vejo os dedos e não corto as unhas e são sete meses de felicidade.


O Unicórnio

Ao sétimo mês, eis a lista (resumida) do que se passa fisicamente neste 1,63 m de pessoa; 

- Olho para baixo e já não vejo os pés. 

- Cortar as unhas dos ditos é tarefa quase impossível. 

- Aparar a "penugem" então, nem se fala. 

- Ao fim do dia, as minhas pernas e pés lembram-me a parte inferior de um pequeno leitão rosado, quase translúcido. 

- Como sou morena, partes em mim mais escuras ficaram. Sofro do síndrome de Michael Jackson mas ao contrário. 

- Ir ao WC é uma coisa rara, quando vou, abro a janela da sala e disparo a pressão de ar e bato panelas. Abro também uma garrafa de champagnhe e agradeço aos céus. 

- Os meus dedos das maõs, parecem dez salsichas. Nem vou referir as vezes que já fui apanhada a morde-los desenfreadamente. 

- A cada semana que passa, devo engordar uns cinco quilos no mínimo (dramaaaaa). 

- A Pamela Anderson ao pé de mim é uma menina. Se aquilo que ela tem são mamas, vou ali e já volto. 

Obviamente que há sensações maravilhosas e sobre essas, escreverei amanhã. 

Resumindo, sou um poço de inchaços, gases e limitações, mas nunca me senti tão feliz. :)

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Nota importante: Esta barriga é só para despistar, pois foi uma foto tirada há três meses. Presentemente está o dobro, ou o triplo. 

 

27
Mar15

Gente que se importa com as minhas mamas, mais do que eu.


O Unicórnio

Não percebo a necessidade das mulheres serem velhaquinhas. Não percebo, não entendo, não aceito, não consigo ignorar essse facto e não consigo evitar de escrever sobre o mesmo. As mulheres são velhaquinhas (o diminuitivo soa um pouco melhor), e com uma agravante; são-no umas para as outras.

Ultimamente, tenho ouvido tanto disparate que já nem sei como reagir a tais pérolas. Claro está que as mesmas estão relacionadas com a minha gravidez e prendem-se com o facto de finalmente ( e para regozijo de algumas), estar a ganhar peso (hellllooooo, não é suposto?!)

Ora bem; há as que passam por mim e dizem que estou "linda e maravilhosa" e depois a outras, dizem que estou "gorda". Há as que dizem que tenho "só barriga e mamas", mas dizem-no de uma forma tão irritante e altiva que começo a pensar que o natural seria estar a engordar nos lóbulos das orelhas e nas juntas dos artelhos. Fofas, queridas, (ou kidas... como quiserem, whatever), metam-se na vossa vidinha e deixem as minhas mamas e a minha barriga em paz. Em primeiro lugar, nenhuma de vós irá segurá-las ou andar com elas por mim, pois não? Então o que torna a minha existência tão importante para vós? É o facto de estar feliz por ir ter um bebé? É o facto de estar feliz, contente, alegre, entusiasmada? Fazem-me lembrar aquelas fulanas invejosas que são capazes de arranjar defeitos na cara da Angelina Jolie, só porque sim. Gajas...

E se ficar gorda? E se engordar 20 quilos? Carregarão comigo às cavalitas? Não, pois não? Então não se apoquentem tanto. 

O curioso, é que estou de seis meses e ganhei cinco quilos. Uma barbaridade! Oh tragédia! Estou obesa! Um canhão! Um autêntico trator! A minha vida está acabada! O meu marido vai pedir o divórcio! Ando a rebolar! Estou uma vaca! Quando o bebé nascer, vou ficar uma vaca de entralho! Tenham juízo, moças,. Não tenho a culpa que esses cinco se tenham acumulado só em duas zonas (prometo que vou esforçar-me para ficar redonda no corpinho todo, tá? Até porque eu adoraria ter um belo de um rabo espetado e um belo pernão e pode ser que seja desta, quem sabe?!)

As mulheres têm sempre que falar seja do que for, falar mal, é claro. Só há cerca de um mês é que a minha barriga comecou a crescer e até aí, diziam-me que era "estranho" não a ter. Agora, dizem-me que está "grande". Até aos quatro meses, diziam-me que não parecia sequer grávida, agora, é porque pareço. Gente, arranjem um trabalho a sério, uma ocupação, sei lá. Por exemplo, ouvi dizer que na Gronelândia são precisos voluntários para capar leões marinhos, que tal? Parece-vos uma boa sugestão?

Não escrevo estas linhas só em meu nome. Escrevo-as, em nome de algumas grávidas que conheço e que diariamente ouvem estas pérolas. Gente, ganhem tacto, ocupem-se com coisas interessantes, plantem florzinhas, sei lá ou melhor ainda... amem-se, porque isso é tudo falta de amor - próprio, tá?! 

 

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